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ENTRADA 40 Características (24 de maio de 2024)

Sinopse e biografia para a exposição Circuitos
 

RUBEN FERREIRA

Biografia:

Mestre em Artes Cénicas, pela UNL. Concluiu o Curso de Especialização Tecnológica em Fotografia, na EUAC e Licenciou-se em Estudos Artísticos, na UAb. Desenvolve projetos como ator, cenógrafo e em comunicação cultural. Atualmente é doutorando em Média-Arte Digital na Universidade do Algarve e Universidade Aberta e exerce funções de produção cultural no Núcleo de Programação Cultural, do Departamento de Relações Externas e Internacionais da Universidade de Lisboa.

 

Sinopse:

“Dão água aos mortos que já não têm sede” é uma instalação que agrega a vídeo-performance com a videoarte a elementos naturais e fabricados que nos faz refletir sobre a crise climática associada ao poder dos grandes grupos económicos e de produção. “Há um fogo enorme no jardim da guerra. E os homens semeiam fagulhas na terra. Os homens passeiam co´os pés no carvão, que os Deuses acendem luzindo um tição”. A experiência visual é acompanhada por sons e formas textuais da canção Cantiga do Fogo e da Guerra, de José Mário Branco. A plasticidades dos vídeos intensificam sensações distópicas sobre a exploração do Homem pelo Homem e a exploração desenfreada e inconsequente dos recursos naturais: “Pra apagar o fogo vêm embaixadores , trazendo no peito água e extintores. Extinguem as vidas dos que caiem na rede e dão água aos mortos que já não têm sede”. Na estranha tapeçaria da crise climática e dos conflitos e cada passo que damos sobre o frágil tapete da Terra tecem-se padrões perturbadores. Num mundo onde a guerra e a degradação ambiental se entrelaçam, a estranheza da nossa condição revela-se no contraste gritante entre a beleza natural e as cicatrizes que deixamos atrás. 

 

Palavras-chave:

Vídeo-performance; videoarte; alterações climáticas; seca; tapeçaria

Materiais e técnicas utilizados

Vídeo-performance: a performance foi gravada com uma câmara estática (tripé) com apoio de uma luz de cena num fundo preto criado exclusivamente para a sua gravação. A partir de um storyboardpreviamente existente, o performer foi realizando cenas improvisadas para que em pós-produção fosse possível serem selecionadas, cortadas e editadas. Na fase de pós-produção, foram utilizados vários softwares: (1) o Adobe Photoshop para a criação do layout que corresponde ao formato do tapete; (2) o iMovie para o corte das cenas e respetiva identificação (criando títulos descritivos para cada uma das cenas); e (4) foi utilizado o CapCut para acentuar a aproximação a uma estética alusiva à videoarte, criando os cenários visuais (narrativa). Os vídeos ilustrativos que não se inserem na prática performativa, foram retirados do banco de imagens Pexels. Na ficha técnica, todos os autores serão identificados.

Instalação: a componente física do artefacto que sustenta o dispositivo digital (uma espécie de um banco pintado de preto com uma aplicação de suporte para TV´s) apresenta uma forma simplista, aproximando-se em muitos aspetos do conceito de vídeo-instalação.  O destaque dá-se ao tapete criado a partir de uma tela de rede onde fios de palha foram cosidos. Também, beneficiando da temática abordada, foram utilizados sacos de plástico transparentes cosidos também na tela para criar efeitos luminosos que saem diretamente do dispositivo digital. Os leds aplicados na própria estrutura de suporte, proporcionam um efeito de levitação do dispositivo digital e do tapete e trabalha no seu conjunto estético e narrativo uma visão de futuro.

Equipamentos e outros requisitos necessários para a sua montagem:
Para a montagem do artefacto no local da exposição, apenas será necessário garantir uma tomada elétrica de duas entradas junto ao artefacto, preferencialmente de chão. Caso não seja possível garantir uma tomada elétrica de chão, é possível recorrer a uma tomada de parede. No entanto, será necessário garantir que a extensão que fornecerá energia à instalação está devidamente isolada com fita preta ou passa cabos, garantindo a segurança do artefacto e do público. É fundamental que a instalação esteja o máximo possível longe das paredes da sala para que o público circule livremente à sua volta, pois a sequência videográfica não apresenta um único lado possível de ser observado (todos os ângulos de observação são válidos). Também, e pensando em vários cenários para a exibição, este pode ser observado numa sala com iluminação natural ou artificial. No entanto, dá-se preferência a um local com pouca iluminação ou quase inexistente. 

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