ENTRADA 33 Investigação Videoarte (29 de abril de 2024)
MONTAGEM DAS CENAS
Experimentação
Fiz vários testes com as gravações efetuadas, em conjugação com vídeos de um banco de imagens (Pexels). Experimentei várias formas e texturas. Depois de vários testes, criando no computador e passando para a TV sempre que fazia alguma alteração, acabou por me surgir uma música de José Mário Branco, onde experimentei texto no vídeo e uma das frases do “poema", acabou por dar nome à obra.
DÃO ÁGUA AOS MORTOS QUE JÁ NÃO TÊM SEDE
FICOU DEFINIDO O NOME DA OBRA!!!!!
Com algumas experiências finais com texto, o nome da obra acabou por ser parte da letra da música “Cantiga do Fogo da Guerra”, de José Mário Branco.
A parte sublinhada entra no vídeo.
Há um fogo enorme no jardim da guerra
E os homens semeiam fagulhas na terra
Os homens passeiam co´os pés no carvão
que os Deuses acendem luzindo um tição
Pra apagar o fogo vêm embaixadores
trazendo no peito água e extintores
Extinguem as vidas dos que caiem na rede
e dão água aos mortos que já não têm sede
Ao circo da guerra chegam piromagos
abrem grande a boca quando são bem pagos
soltam labaredas pela boca cariada
fogo que não arde nem queima nem nada
Senhores importantes fazem piqueniques
churrascam o frango no ardor dos despiques
Engolem sangria dos sangues fanados
E enxugam os beiços na pele dos queimados
É guerra de trapos no pulmão que cessa
do óleo cansado que arde depressa
Os homens maciços cavam-se por dentro
e o fogo penetra, vai directo ao centro