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ENTRADA 9 Relatório Intermédio Gatilho (16 de janeiro de 2024)

Introdução

No presente relatório do meu projeto de média-arte digital apresento uma ideia mais aprofundada dos conceitos a abordar no meu artefacto e também algumas experiências que estou a desenvolver. No entanto, com o desenrolar do processo poderão existir desvios e outros interesses que a própria investigação me venha a fornecer, que já está a acontecer.

Tendo em conta que o método a/r/cográfico não obedece a uma ordem cronológica fixa nas suas etapas, aproveitei para reorganizar o meu Diário de Bordo Digital, conforme as indicações do Professor em relação ao primeiro relatório sobre a inspiração.

Gatilho

Considero-me um apaixonado pelo mundo em que vivemos e pela bela natureza que este nos oferece. Pode-se dizer que o “gatilho” sempre esteve, e está, presente em mim e tem servido de ignição em alguns projetos artísticos que tenho vindo a desenvolver na minha carreira em diversas áreas artísticas.

Atualmente, é recorrente ler-se nas notícias que aconteceu algum tipo de catástrofe derivado das alterações climáticas. Neste sentido, o “gatilho” negativo somos todos nós, uns mais que os outros. Também, pode-se dizer que estou altamente e constantemente sensibilizado para estes tipos questões, porque o bairro onde vivo é uma zona muito “suja”, também fruto da multiculturalidade existente que, embora não devemos usar esse pretexto como justificação, e embora seja um bairro muito pacífico, não existe efetivamente o “cuidado com o nosso lar”.

Passeio a minha cadela, a Torta, pelo menos 3 vezes por dia. Todos dias sou confrontado com lixo no chão, lixo no riacho que passa pela zona e lixo à volta dos caixotes do lixo. É frequente contactar a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia para vir levantar o entulho de outras pessoas e a possibilidade de realizar algumas campanhas de sensibilização. Nunca vi as instituições pela zona e julgo ser este o meu gatilho: “mostrar que a nossa casa está a sufocar e nós estamos a sufocar com ela”. É preciso agir conscientemente.

Na entrada 6 do meu Diário Digital de Bordo é possível perceber que já há uma questão levantada e uma hipótese para o projeto que surgiu a partir da leitura de um artigo simples que li sobre a ecosofia. Também tive a oportunidade de revisitar o meu projeto final de Mestrado que também se apropria de um universo quase apocalíptico, com base nos fundamentos teóricos de Antonin Artaud e de Deleuze e Guattari sobre o corpo-sem- órgão: https://rmffruben.wixsite.com/diariodebordo/gatilho

Já tive a oportunidade de fazer algumas experiências, umas com a ideia inicial e outras com recurso a materiais que disponha á minha volta no momento, como por exemplo, espelhos. Esta imagens estão acessíveis na 7 e 8: https://rmffruben.wixsite.com/diariodebordo/conceptualização

Conclusão

Com o avançar do projeto, muitas questões têm vindo a ser levantadas, essencialmente na forma que o artefacto virá a ser produzido, esteticamente, materialmente e tecnologicamente, até porque tenho apreciado os efeitos possíveis com a utilização de reflexos e projeção. No entanto, ainda é algo a aprofundar, pois terei em conta as limitações do espaço de exposição do Retiro Doutoral, que ocorrerá nas instalações da Universidade Aberta.

Referências

Cavalcante, K. L. (2017). A ecosofia de Félix Guattari: Uma análise da filosofia para as questões ambientais. Cadernos Cajuína, 2(1), 72-78. http://dx.doi.org/10.52641/cadcaj.v2i2.150

Veiga, P. A. (2021). Método e registo: uma proposta de utilização da a/r/cografia e dos diários digitais de bordo para a investigação centrada em criação e prática artística em média-arte digital. Rotura, (2), 16-24. https://doi.org/10.34623/y2yd-0x57

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